sábado, 18 de febrero de 2023

O amor São Valentim – Samael Aun Weor


 


O amor São Valentim – Samael Aun Weor

Distintos cavalheiros e damas, esta noite dirijo-me a todos vocês com o propósito de falar, em forma enfática, sobre isso que se chama “amor”. Escolhemos tal tema por tratar-se do dia de São Valentim, o patrono do amor. Sem dúvida, Valentim foi um grande Mestre da Gnose; fundou uma escola denominada “Valentinianos”. Estes foram pessoas que se dedicaram aos estudos do esoterismo crístico, em todos os seus aspectos. Por isso que hoje nos dirigimos a vocês, em forma precisa, para falar-lhes sobre o milagre do amor. 

Em nome da verdade digo-lhes que o amor começa com um lampejo de simpatia, substancializa-se com a força do carinho e sintetiza-se em adoração. Amar, quão grande é amar! Somente as grandes almas podem e sabem amar! Para que haja amor, necessita-se que haja afinidade de pensamentos, afinidade de sentimentos, e preocupações e pensamentos idênticos. 

O beijo vem a ser a consagração mística de duas almas ávidas de expressar o que internamente vivem. O ato sexual vem a ser a consubstanciação do amor, no realismo psicofisiológico da nossa natureza. 

Um matrimônio perfeito é a união de dois seres: um que ama mais e outro que ama melhor. O amor é a melhor religião a nós acessível.  

Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus Ibis de Thot, disse: “Te dou amor, no qual está contido todo o summum da sabedoria”. 

Quão nobre é o ser amado, quão nobre é a mulher, quando em verdade estão unidos pelo vínculo do amor! Um casal de enamorados se torna místico, caritativo, serviçal. Se todos os seres humanos vivessem enamorados, reinaria sobre a face da Terra a felicidade, a paz, a harmonia, a perfeição. 

Certamente, um lenço, uma fotografia, um retrato, provocam no enamorado estados de êxtasis inefável. Em tais momentos sente-se comungar com sua amada, mesmo que se encontre muito distante... Assim é o que se chama “amor”!

Nos Estados Unidos e também na Europa existe uma Ordem denominada a “Ordem do Cisne”. Os afiliados desta Ordem estudam e analisam, de forma profunda, todos os processos científicos relacionados com o amor. Quando o casal está apaixonado, produzem-se dentro do organismo transformações maravilhosas. O amor é uma efusão ou uma emanação energética que brota desde o mais fundo da Consciência. Essas radiações do amor estimulam as glândulas endócrinas de todo o organismo, e elas produzem milhões de hormônios que invadem os canais sanguíneos, enchendo-os de extraordinária vitalidade. 

“Hormônio” vem de uma palavra grega que significa “ânsia de ser”, “força de ser”. Quão pequeno é um hormônio, entretanto quão grandes poderes têm para revitalizar o organismo humano! Em realidade de verdade, causa assombro ao ver um ancião decrépito quando se apaixona; então suas glândulas endócrinas produzem hormônios suficientes para revitalizá-lo e rejuvenescê-lo totalmente. 

Amar, quão grande é amar! Somente as grandes almas podem e sabem amar! O amor, em si mesmo, é uma força cósmica, uma força universal que palpita em cada átomo, como palpita em cada Sol. 

As estrelas também sabem amar. Observemos as noites deliciosas de plenilúnio: elas se aproximam entre si, e às vezes fundem-se ou integram-se totalmente... “Uma colisão de mundos!”, exclamam os astrônomos. Mas, em realidade de verdade, o que sucedeu é que os dois mundos se integraram pelos laços do amor. 

Os planetas de nosso sistema solar giram em torno do Sol, atraídos incessantemente por essa força maravilhosa do amor. Observamos o cintilar dos mundos no firmamento estrelado: comunga, tal cintilar luminoso, as ondas de luz, as radiações, com o suspiro da flor... Há amor entre a estrela e a rosa, que lança ao ar esse perfume delicioso. O amor em si mesmo é profundamente divino, terrivelmente divino. 

Nos tempos antigos, sempre se rendia culto ao amor, à mulher. Não há dúvida de que a mulher é o pensamento mais belo do Criador, feito carne, sangue e vida. 

Realmente, a mulher nasceu para uma sagrada missão, que é a de trazer os filhos a este mundo, a de multiplicar a espécie. A maternidade em si mesma é grandiosa. No México antigo, houve sempre uma divindade consagrada, precisamente, àquelas mulheres que morriam durante o parto; dizia-se que “elas continuavam, na região dos mortos, com suas crias em seus braços”. Afirmava-se, de forma enfática, que “depois de certo tempo ingressavam ao Tlalocan, o Paraíso de Tláloc”. Realmente, sempre no México Asteca rendia-se culto à mulher, ao amor, à maternidade. Por isso as mulheres que morriam de parto eram consideradas entre o povo de Anáhuac como umas verdadeiras mártires que entregavam sua vida em nome de uma grande causa. 

Amar é algo inefável, divino. Amar é um fenômeno cósmico extraordinário. No lar do amor só reina a dita. Quando um casal está unido na cópula sexual, com laços de verdadeiro amor, as forças mais divinas da natureza lhe rodeiam (essas forças criaram o cosmos, essas forças vieram novamente para voltar a criar). Nesses momentos, o homem e a mulher são verdadeiros Deuses, no sentido mais completo da palavra; podem criar como Deuses. Eis aí o grandioso do amor! São extraordinárias as forças que rodeiam o casal durante o ato sexual, na câmara nupcial. O ser humano poderia reter essas forças extraordinárias se não as malgastasse no holocausto do prazer animal que a nada conduz, se em verdade respeitasse a força maravilhosa do amor. 

O homem é a força expansiva de toda criação. A mulher é a foça receptiva e formal de qualquer criação. 

O homem é como o furacão. A mulher é como o ninho delicioso das pombas nos templos ou nas torres sagradas. 

O homem, em si mesmo, tem a capacidade para lutar. A mulher, em si mesma, tem a capacidade para se sacrificar. 

O homem tem, em si mesmo, a inteligência que se necessita para viver. A mulher tem a ternura que o homem precisa quando regressa diariamente de seu trabalho. 

Desse modo, então, homem e mulher são as duas colunas do templo. Essas duas colunas não devem estar demasiado distantes nem demasiado próximas. Deve haver um espaço para que a luz passe por entre elas. 

O ato sexual é um sacramento, assim o compreenderam os povos antigos. Houve templos dedicados ao amor. Recordemos do Templo de Vênus, na Roma augusta dos césares. Recordemos dos templos sagrados da Índia, onde se rendia culto a isso que se chama “amor”. 

Na Lemúria, outrora situada no Continente Mu, no Oceano Pacífico, também se rendia culto ao amor (houve, em realidade de verdade, no Continente Mu, dois processos sexuais ou duas formas de reprodução). Em meados da Lemúria, a raça humana era conduzida pelos Kumarats para certos templos onde se instruía sobre o sacramento sagrado do sexo. Então, ninguém se atrevia a realizar a cópula sagrada fora do templo. Só em determinadas épocas, repito, a raça humana era conduzida pelos Kumarats para os templos sagrados; realizavam-se longas viagens, em determinadas fases da Lua, tudo com o propósito de reproduzir a espécie. Ainda hoje, como lembrança de aquilo, como uma reminiscência, restaram as “viagens de lua de mel” (ali tem sua origem e isso é antiguíssimo). Nos pátios empedrados dos templos sagrados, no Continente Lemur, sob a direção dos sábios Kumarats, homens e mulheres se uniam para criar e voltar novamente a criar; então o ato sexual era sagradíssimo; não existia a morbosidade como em nossos dias, pois as pessoas não haviam entrado no processo involutivo, descendente, da degeneração sexual. 

Dizem velhos pergaminhos ou papiros sagrados, os quais ainda existem em alguns lugares da Terra, que “na Lemúria as pessoas reproduziam-se com o poder de Kriya Shakti, isto é, com o poder da Vontade e da Yoga”. Aqueles que conheceram alguma vez a Ciência dos Tantras saberão ao que estou me referindo. No momento supremo da cópula metafísica – assinalam os velhos textos da sabedoria antiga – homem e mulher se retiravam de tal cópula química sem ejacular o ens seminis, isto é, a entidade do sêmen, pois se considerava que o sexo, que o esperma, era sagrado. Ninguém se atrevia a profanar o sexo. Isso é o que hoje em dia os doutores poderiam chamar “coitus interruptos”. Parece exagerado, porém me limito unicamente a comentar o que dizem as tradições antigas, o que está escrito em alguns papiros e em muitos livros que atualmente existem no Tibete Oriental. 

Ao chegar a esta parte, devemos lembrar-nos de Sigmund Freud. Em sua Psicanálise, ele diz que “é possível transmutar a libido sexual e sublimá-la”. O professor Sigmund Freud, vienense, filho da Áustria, foi em realidade uma verdadeira eminência; produziu uma verdadeira inovação dentro do terreno da Medicina. Muitíssimos doutores o comentaram, muitas escolas o aceitaram, outras o rechaçaram, porém em todo caso foi muito discutido. 

Conta-se que em Berlim, Alemanha, antes da Segunda Guerra Mundial, o Fürher Hitler mandou queimar muitos livros e entre eles as obras de Sigmund Freud... Limito-me, pois, aos fatos, a comentar o que tanto se comentara em alguns textos. Em todo caso, os lêmures trabalhavam, digamos, com o sistema de Freud: sublimavam a libido sexual e, sem dúvida, obtiveram grandes poderes cósmicos. 

Todos, na vida, pressentimos alguma vez a existência do Super-Homem, tal como o cita Frederico Nietzsche em seu livro intitulado “Assim falava Zaratustra”. Pensamos, nós os gnósticos, que o Super-Homem realmente existiu (não me refiro a um indivíduo em particular; me refiro àqueles habitantes da Lemúria). Foi-nos dito que ali não existia a dor no parto, que as mulheres davam à luz a seus filhos sem dor. Isto não diz somente o Gênesis, mas muitos livros religiosos antigos. Nos limitamos, repito, a comentar esta questão, respeitando, como é natural, o conceito de vocês. Em realidade de verdade, damos o ensinamento e deixamos plena liberdade ao auditório para que, com sua mente, aceite, rechace, ou interprete esta doutrina como bem queira. 

Nestes precisos instantes, trago à memória os lêmures, e o que eles afirmavam em relação ao sexo. Viviam de dez a quinze séculos, eram homens altos, tinham quatro metros de altura; as mulheres, um pouco menores de corpo, porém também gigantes como eles. Falavam um idioma que se perdeu. Quero referir-me, em forma enfática, ao Idioma Universal, ou seja, um idioma superior. Obviamente, tal idioma tinha sua gramática cósmica. Conheço esse idioma, conservado pelas tradições em alguns lugares secretos, em sítios reservados. Se naqueles tempos se tinha que dizer “bom dia”, não o diziam como hoje em dia no idioma espanhol ou no idioma inglês: “Good morning” ou “Bom jour” etc., mas se dizia, suavemente, “Haimu”, e o outro respondia, pondo suas mãos no coração: “Haimu” (é um idioma que tem sua gramática em forma de caracteres gráficos). 

Vocês devem ter observado, por exemplo, que os chineses têm seus caracteres, e é bastante difícil de aprender esses caracteres. Os gregos também têm seus caracteres e o Sânscrito os seus. Pois bem, no Idioma Universal os caracteres são rúnicos e os conservavam até há pouco tempo os vikings do Norte. Em todo caso, quem saber esses caracteres, quem os entender, sem dúvida possuirá grande erudição e estará capacitado para entender certos textos que fazem alusão à Lemúria. 

Há pouco me presentearam, ou me enviaram do Tibete, um texto sânscrito, tibetano; tenho-o em meu poder. Inquestionavelmente, não vi ninguém que o entenda (está escrito com caracteres sânscritos). Aconteceu que naquelas épocas da Lemúria, segundo dizem esses velhos livros, escritos com caracteres antigos, que “a humanidade não pensava como nós, os de agora”; que “viviam de dez a catorze séculos e falava numa linguagem que, como disse, se perdeu”. Através do tempo foram se corrompendo as distintas palavras dessa linguagem, e de tal corrupção nasceram todos os idiomas que hoje por hoje existem sobre a face da Terra. No entanto, posso dizer a vocês que aquela linguagem se assemelha muito em seus sons ao Chinês; parece que a fonética da Linguagem Universal e a do Chinês são similares; estudei ambas fonéticas e me parecem praticamente iguais. Os chineses, devem ter visto vocês, conversam com um certo canto que não é o da linguagem seca que nós usamos, senão que tem seus silabares. Assim é a Linguagem Universal. No entanto, há uma diferença muito notável entre o Chinês e a Linguagem Universal: a linguagem Lemur ou Universal atua diretamente sobre o fogo, o ar, as águas e a terra. 

Velhíssimas tradições, antiguíssimas, dizem que “os lêmures tinham poder sobre os elementos da natureza”. Isto é o que poderíamos denominar “o Super-homem” de Frederich Nietzsche, em sua obra “Assim Falava Zaratustra”... Digo-lhes que esses poderes deviam-se, especialmente, ao fato de que os lêmures não eliminavam ou não extraíam de seus organismos o esperma sagrado, ou seja, o Exiohehari; unicamente o transmutavam, tal como menciona Brown Squard ou um Krumm Heller, com os quais podemos corroborar esta afirmação científica. Obviamente, quando o ens seminis não é ejaculado, se transforma em energia, e esta vem a revitalizar o organismo. Entendo que tal tipo de energia é muito fina, e que as ondas energéticas do sexo põem em atividade os poderes que se acham latentes nas glândulas pineal, pituitária, tireoides e paratireoides. Não trato com isto de assentar dogmas nem nada do estilo; unicamente refiro-me a dados que temos estudado e que hoje comentamos com vocês, posto que estamos em uma sala cultural, intelectual. Entendo que aqui há pessoas muito cultas que podem perfeitamente aceitar ou rechaçar estas afirmações; unicamente me limito a comentar. 

Viver dez a quinze séculos seria inconcebível para nós hoje em dia. Entretanto, a Bíblia afirma que Matusalém viveu novecentos anos, e isto nos deixa pensando um pouco... Em todo caso, entendo que o sistema lemúrico deu bons resultados, pois essas pessoas tinham longa vida e ademais possuíam faculdades extraordinárias. 

Os lêmures não viam o mundo físico como nós o vemos; para eles o ar era de distintas cores, as montanhas transparentes, e aqueles Deuses dos quais falavam tanto, obviamente, eram perceptíveis para seus sentidos de percepção interna, ou seja, gozavam da extrapercepção científica. 

Já se falou muito em nossos dias sobre extrapercepção. Sem dúvida, as pessoas de psique tridimensional não aceitariam jamais as extrapercepções. Mas recordemos que nos tempos de Galileu nunca se aceitava que a Terra era redonda nem que se movia. Quando Galileu o afirmou, iam queimá-lo vivo, seguiu-se julgamento na Inquisição, e pondo-o diante da Bíblia, disseram-lhe: “Se você não jura e se retrata do que disse, será queimado vivo na fogueira”. Logo veio a pergunta: “Você jura que a Terra não é redonda e que não se move?”. E então Galileu respondeu: “Juro, pur se muove, se muove!”, ou seja, “porém se move, se move!”. Por haver dito isso, por haver feito o juramento desta forma, não o queimaram vivo; houve um pouquinho de compaixão para ele; limitaram-se a colocá-lo no cárcere, e isso foi tudo. 

Assim que, em realidade de verdade, o universo nos oferece coisas insólitas, coisas que a princípio a gente rechaça porque parecem absurdas, porém que mais tarde tem que aceitá-las. 

Brown Squard demonstrou que muitas enfermidades nervosas e do cérebro poderiam desaparecer se evitasse, durante a cópula química, precisamente, isso que se chama “orgasmo” em fisiologia, ou “espasmo”. Naturalmente, Brown Squard foi muito criticado, consideraram-lhe “imoral”, porém não há dúvida de que se aproximou de um grande segredo, o segredo lemúrico. Os lêmures, devido precisamente a sua formação religiosa e a sua cópula química especial, gozaram de faculdades que os seres humanos desta época desconhecem. Os lêmures podiam ver praticamente as dimensões superiores da natureza e do cosmos. Hoje em dia os seres humanos não vêm a Terra tal qual é, senão como aparentemente é. 

Nosso planeta é multidimensional; isto está demonstrado matematicamente, porém, em realidade de verdade, a maioria das pessoas não aceitam, e é que cada qual é livre de pensar como quiser. Desafortunadamente, os intelectuais desta época estão engarrafados no dogma tridimensional de Euclides. Esse dogma foi sempre muito discutido, mesmo que já esteja saindo de moda. 

Homens muito sábios escreveram coisas extraordinárias sobre matemática que se relacionam com a quarta coordenada. Esses homens são respeitados, ninguém se atreve a criticá-los, porém ainda existem pessoas que se mostram cépticas. No entanto, aquela obra “Ontologia das Matemáticas” bem valeria a pena que os intelectuais a conhecessem a fundo, profundamente. 

Os lêmures, pois, quando levantavam seus olhos às estrelas podiam comunicar-se com os habitantes de outros mundos. Para eles, era uma realidade a vida em outros planetas do sistema solar. “A pluralidade dos mundos habitados”, preconizada por um Camilo Flammarión, era um fato para a Raça Lemúrica... Na Lemúria, antes da cópula química, em pleno templo, homem e mulher passavam por brilhantes cerimônias místicas. Rendia-se culto ao divinal, ao Grande Alaya do Universo, a isso que os chineses chamaram Tao, a isso que os gnósticos denominaram INRI, a isso que é o que é, o que foi e o que será. Obviamente, eles compreendiam que não pode existir nada na criação sem um princípio diretriz, inteligente, e por isso eles, antes da cópula química, adoravam o eterno. 

Com o tempo, a Raça Lemúrica foi degenerando, pouco a pouco. Existiam cidades enormes, cidades ciclópicas. As muralhas daquelas cidades foram levantadas com lava de vulcões etc. Em tais cidades houve uma civilização extraordinária, houve naves propulsionadas por energia atómica, naves que chegaram à Lua, naves que chegaram a todos e a cada um dos planetas do sistema solar. Nossa civilização moderna, com os famosos foguetes que “gregos” e “troianos” fazem pousar sobre a Lua, não é na verdade a primeira das civilizações, nem será a última. Na verdade, necessita-se compreender que no mundo existiram diversas civilizações e que a nossa não é a única. 

Os lêmures tiveram uma grande civilização, repito. Não temiam a morte, pois sabiam muito bem, de forma direta, o dia e a hora de sua morte, e quando chegava esse dia, deitavam-se em seu sepulcro, sepulcro que eles mesmo faziam com suas próprias mãos e muito sorridentes passavam à eternidade. Os valores psíquicos não desapareciam da vista dos parentes, e obviamente não havia dor. Assim afirmaram velhos textos antigos, e eu me permito a discorrer com vocês sobre todas essas coisas, porque vejo que vocês vieram aqui de forma compreensiva. É claro que não todos os que me escutam estão de acordo com tudo o que estou afirmando. Seria absurdo que eu supusesse, sequer por um momento, que todas as pessoas que estão neste auditório aceitam estas afirmações, porém em realidade de verdade sabem escutar, compreendem muito bem que tudo é possível no universo. O mundo das possibilidades é sempre infinito, e se alguém comenta sobre textos antigos, vale a pena escutá-lo, isso é óbvio. 

Digo que os lêmures involucionaram depois no tempo. Então suas faculdades de percepção foram se atrofiando lamentavelmente. Contam muitas tradições que depois de algum tempo os lêmures começaram a copular fora dos templos e que se rebelaram contra a direção dos Kumarats; que tomaram o ato sexual por sua própria conta e que ejacularam o ens seminis. Assim dizem alguns tratadistas. Como consequência ou corolário, perderam suas faculdades transcendentais, e quando a Raça Lemúrica (em todos os rincões daquele gigantesco continente que outrora existira no Oceano Pacífico) adentrava nos tempos, os Sacerdotes ou Hierofantes expulsavam os devotos dizendo-lhes: “fora, indignos!”. Foi então quando em realidade de verdade o homem saiu do Paraíso Terreno com sua mulher, por haver “comido” dessa “fruta proibida”, essa que lhe estava vedada em outros tempos. Em verdade digo o seguinte: Adão era todos os homens da época antiga; Eva era todas as mulheres. E quando se “comeu” da “fruta proibida”, homens e mulheres foram expulsos dos Templos de Mistérios, suas faculdades atrofiaram-se, e o homem teve que trabalhar duramente para sustentar sua mulher e seus filhos, e a mulher teve que conceber seus filhos com dor. Isto que estou dizendo tem muita, ampla documentação, entre os Náhuacs, entre os Maias, e entre muitos povos da Ásia. Sempre se falou sobre o mesmo. 

Vi códices onde aparecem essas figuras, onde o que falo aparece representado em figuras. Investiguei cuidadosamente tais códices. Assim, o que estou falando tem documentação (repito). Não peço a ninguém que acredite; porém, sim, valeria a pena que os estudiosos investigassem um pouco mais entre os Maias, Toltecas, Zapotecas, etc., por que o ser humano involuiu, e é certo que está mencionado nos livros antigos. 

Desse modo, há no amor um segredo, e este me parece que foi muito bem estudado por Sigmund Freud (a sublimação, digo, da energia criadora, olhar o sexo com profundo respeito). Obviamente, o homem e a mulher são como duas partes de um mesmo ser; o homem saiu do Éden acompanhado de sua esposa, e deve regressar ao Éden com sua mesma esposa. Em outras palavras diríamos: o homem saiu do Éden pelas portas do sexo, e somente por essa porta pode retornar ao Éden; o Éden é o próprio sexo. 

Que ingentes poderes se despertariam caso a humanidade aceitasse o sistema da “Comunidade Oneida”, ou o de Brown Squard, ou o de Krumm Heller, sistemas fundamentais nas velhas tradições da Lemúria! Isto é algo que os médicos, os homens de ciência poderiam investigar. Eu me limito, simplesmente, a pensar que da transmutação e sublimação da energia criadora vem uma transformação psicológica-fisiológica-biológica radical. O super-homem de Nietzsche poderia lograr-se mediante a transmutação da libido sexual. Porém o principal é saber amar; sem amor não é possível realizar todos esses prodígios. 

Observem que sempre ao lado dos grandes homens aparecem grandes mulheres. Em frente a Buddha Gautama está Yodisha, sua bela esposa e discípula; junto ao Divino Rabi de Galileia aparece Maria Madalena. Obviamente, não seria possível para os grandes homens realizar gigantescos labores como aqueles que permitiram modificar o curso da história se não estivessem acompanhados por alguma mulher. 

O homem e a mulher, em realidade de verdade (repito), são dois aspectos de um mesmo ser, isso é claro. O amor, em si mesmo, vem do ignoto de nosso Ser. Quero dizer, em forma enfática, que dentro de nós mesmo, além das profundidades mais íntimas, possuímos nosso Ser. O Ser reveste características transcendentais de eternidade, é o divinal em nós. O amor, digo, é a força que emana desse protótipo divino, existente no fundo de nossa Consciência. É um tipo de energia capaz de realizar verdadeiros prodígios. 

Valentim e Valentinianos tiveram sua escola; foi uma Escola Gnóstica onde se estudaram os Mistérios do Sexo, onde se analisaram cuidadosamente. Valentim e os Valentinianos conheceram, em realidade de verdade, o segredo lemúrico: sublimaram a energia criadora e lograram o desenvolvimento de certas possibilidades psíquicas que se acham latentes na raça humana. Diz-se que Valentim foi um grande iluminado, um grande Mestre no sentido mais completo da palavra. 

O amor, em si mesmo, é algo divino. Olhemos o cisne; o cisne Kala Hamsa é o símbolo do amor. Ele voa sobre as águas do Lago da Vida. Um par de cisnes, em algum lago, quão belo é! Quando um cisne do casal morre, o outro sucumbe de tristeza, e é que o amor alimenta-se com amor. Porém há que saber amar; desgraçadamente, o ser humano não sabe amar. 

Muitas vezes, o homem trata muito mal a mulher em sua primeira noite de núpcias; não quer compreender que a virgindade é sagrada e que há que saber respeitá-la. Pode-se dizer que viola a sua própria mulher, não quer entender que há que saber tratar a mulher com sabedoria, que há que saber levá-la pelo caminho do amor. 

Na vida cotidiana, muitas vezes, homem e mulher brigam, e brigam por questões insignificantes: o homem diz uma coisa, a mulher outra.  Às vezes sucede que uma mera palavra é suficiente para que um casal brigue, pois não quer controlar a si mesmo, não quer compreender que o ginásio psicológico da vida no lar é a melhor oportunidade para autodescobrimos; é no lar que viremos a descobrir nossos defeitos de tipo psicológico. Se nos ferem, por que nos fere? Será que temos ciúmes, será que nos feriram o amor próprio, será que nos feriram o orgulho, a vaidade ou o quê? Quando a gente descobre que tem um defeito psicológico, tem também a oportunidade de desintegrá-lo, de reduzi-lo a poeira cósmica. Eliminando nossos erros, nossos defeitos, um dia desses tantos podemos conseguir o despertar da Consciência. 

Desgraçadamente, as pessoas não querem eliminar seus defeitos; dizem: “Eu sou iracundo, esse é meu modo de ser”. Outro diz: “Bom, eu sou ciumento, sou assim”. Aquele de lá exclama: “Eu sou luxurioso, me agradam as mulheres; assim sou, assim nasci!”. Com esse modo de pensar, com esse modo de sentir, não é possível atingir uma transformação verdadeira. 

Muitos se queixam de suas mulheres: que são irascíveis, que são ciumentas. Desejam conseguir outra mulher que seja um paraíso, que seja um anjo descido das estrelas, etc. Não querem entender que o lar é um ginásio psicológico extraordinário, e que é ali onde podemos autodescobrir todos nossos erros, e que, se logramos, conseguiremos o despertar da Consciência. 

Há que saber amar. Na casa deve reinar sempre a compreensão entre homem e mulher. O homem não deve esperar que a mulher seja perfeita, tampouco a mulher deve esperar que o homem seja um “príncipe azul”; há que aceitar as coisas como são, e ter o lar como uma escola onde podemos autodescobrir-nos. À medida que vamos eliminando tantos e tantos defeitos psicológicos que temos, a felicidade do lar irá aumentando, e se um dia nos aconteceu sofrer muito, esse lar depois se converterá em um paraíso. 

O ciúme, por exemplo, é algo que estraga o lar. O ciumento “faz de uma pulga um cavalo”. Se a mulher olha para alguém, já está sofrendo, já lhe parece que tem relações com outro homem, etc. (erros de sua mente, mas que ele os toma como realidade). A mulher ciumenta é o mesmo: faz sofrer o homem; este não pode olhar mulher alguma, porque já está sofrendo e fazendo terríveis escândalos dentro de casa. Por esse caminho do ciúme, sofre-se demasiado. 

Se a gente, em verdade, investigar cuidadosamente a origem do ciúme, descobriria que ele se deve precisamente ao temor. Teme-se perder o que mais ama: a mulher teme perder o homem, o homem teme perder a mulher, a mulher crê que o homem está com outra, o homem teme que a mulher está com outro, e, claro, vêm os sofrimentos e as dores. Mas se eliminarmos o temor, os ciúmes desaparecem. Como poderíamos eliminar o temor de perder o ser amado? Unicamente mediante a reflexão, mediante a meditação. Pensemos que, na verdade, não viemos a este mundo acompanhados do ser humano, que somente nos recebeu o médico, parteiro ou parteira, que tampouco trazemos ao mundo dinheiro nem bens materiais, e que, é claro, na hora da morte tampouco nós vamos ir acompanhados; a mulher ou o homem haverá de ficar aqui, enquanto o outro parte para a eternidade. Assim, a morte nos separa desde o ponto de vista físico; por isso dizem os sacerdotes: “Os declaro marido e mulher, até que a morte os separe”. 

Em realidade de verdade, cedo ou tarde chega a morte. Assim, se nós, ao morrermos, não levamos para a eternidade nem um alfinete, nem uma moeda, nada do que temos, do mesmo modo não poderíamos levar o ser amado com corpo e tudo. Então por que tememos? Devemos aceitar as coisas como são. Não devemos ter apegos materiais nem pessoais, porque o momento do desapego costuma ser terrível. Sofre-se porque se apega a algo, seja a uma pessoa, seja a alguma coisa; sempre se sofre e por isso não devemos ter apegos de nenhuma espécie, nem temer porque tenhamos que perder algo.  

O mais grave que poderia suceder a um homem é que o levassem ao paredão de fuzilamento, mas quê? Para morrer, nascemos, então quê? Cedo ou tarde temos que morrer, e aqueles que querem muito a seu dinheiro, que estão apegados a sua fortuna, cedo ou tarde haverão de perdê-la. Por que então haveria de temer, se isso é o mais natural? Assim também, por que haveríamos de temer a perda do ser amado? Quando tudo na vida tem um princípio e um fim, o temor desaparece (até o temor de perder o ser amado) e quando tal temor desaparece, os ciúmes desaparecem para sempre, já não existem; não podem, não devem existir, posto que não há temor. 

Outro fator de discórdia entre os casais, nos lares, é a ira. O homem diz uma frase iracunda, a mulher responde “com duas pedras na mão” e no fim terminam em uma batalha de pratos e copos quebrados, etc. Essa é a crua realidade dos fatos! Se eliminasse o demônio da ira, reinaria a paz nos lares, não havia dor. Porém digo a mim e digo a vocês: por que tem que haver ira dentro de nossos lares, por que somos assim? Não é possível que mudemos? Sim, é possível! Eu me propus mudar e mudei; eu fui iracundo, também conheci o processo da ira, porém me propus eliminá-la e a eliminei (claro, tive de passar por certos sacrifícios). A fim de eliminar a ira, visitava aqueles lugares onde alguém poderia me insultar, ia com o propósito de que me insultassem. Sabia de um sujeito XX que não gostava dos ensinamentos, e o visitava intencionalmente para que me insultasse; aquele homem me insultava durante meia ou uma hora; isto durava, e entretanto eu observava minhas reações internas e externas, os impulsos que vêm de dentro e os impulsos que vêm de fora; observava as causas que motivam a ira. Pude evidenciar que em algumas circunstâncias, a ira produzia-se porque me haviam ferido o orgulho; pude comprovar que, em algumas ocasiões, a ira produzia-se porque havia em mim o amor próprio; queria muito a mim mesmo, pensava que eu era uma grande pessoa, sem compreender que era tão somente um vil verme do lodo da terra; julgava-me grande e se alguém tocava a ferida que há por dentro, então reagia furiosamente, “trovejava” e “relampejava”, “rasgava minhas vestes” e protestava. Eu me propus estudar todos esses fatores da ira, e através de muitos superesforços e sacrifícios, consegui eliminá-la. Assim, pois, isto de que “sou assim” não tem nenhum valor. Se “a gente é assim”, pode mudar, e, se a gente muda, beneficia-se a si mesmo e beneficia aos demais, a seus semelhantes. Há que aprender a mudar, a eliminar nossos erros; isto é possível reflexionando um pouco. 

Quão felizes seriam os casais se soubessem amar de verdade! Se o homem nunca tivesse ira, se a mulher jamais tivesse ira, entendo que a “lua de mel” pode ser conservada. Desgraçadamente, os seres humanos, aqueles que se casam, estão empenhados em acabar com o mais belo que há na “lua de mel”. Se quiser conservar a “lua de mel”, há que eliminar a ira, há que eliminar os ciúmes, há que eliminar o egoísmo; devemos tornar-nos compreensivos, aprender a dispensar o ser amado de todos os seus erros. Ninguém nasce perfeito. O homem deve saber que a mulher tem seus defeitos, a mulher deve compreender que o homem tem os seus. Mutuamente devem dispensar-se seus defeitos de tipo psicológico; se assim procedem, conservariam a “lua de mel”. 

Entre os antigos povos de Anahuac, Xochipilli foi o Deus do Canto, do Amor e da Beleza. Xochipilli nos ensina a conservar as delícias indiscutíveis da “lua de mel”. É uma lástima que as pessoas não compreendam a Doutrina de Xochipilli. 

É possível conservar a “lua de mel” quando se aprende a dispensar os erros do ser amado. Mas se não se sabe dispensar os erros, a “lua de mel” se perde.

Quando um casal se casa, deveria entender melhor a psicologia. Em geral, um da casa começa por ferir o outro; o outro reage e forma-se um conflito. Ao fim o conflito passa, os dois  reconciliam-se, tudo continua aparentemente igual, em paz. Mas não acontece isso: o ressentimento fica. Outro dia há outro conflito, marido e mulher discutem por qualquer besteira (talvez por ciúmes ou, enfim, por qualquer coisa). Resultado: passa o conflito, e o ressentimento vai aumentando, a “lua de mel” vai acabando e por último não há tal “lua de mel”, acabou-se. O que há é ressentimento de ambos os lados e, se não se divorciam, se continuam unidos, já não fazem por um dever, mas simplesmente por paixão animal e isso é tudo. 

Muitos matrimônios já não têm nada a ver com o amor. O amor de hoje em dia fede a gasolina, a celulose, a contas de Banco e a ressentimento. 

O mais grave, o erro mais grave que homem e mulher podem cometer é acabar com a “lua de mel”. Esta poderia conservar-se, à condição de sabê-la conservar. Insultou-te a mulher, te disse palavras duras? Mantém-te sereno, impassível; não reaja por nada na vida; morde a língua antes de contestar; ao fim ela, ao ver-te tão sereno, sem nenhum tipo de reação, se sentirá terrivelmente envergonhada e te pedirá desculpas. Mulher, te insultou o marido? O que te disse? Está enciumado do namorado que tinha antes? O que passa? Está hoje o homem com mau humor? Regressou da rua completamente neurastênico? Mantém-te serena, ofereça-lhe comida, roupa; ajuda-o a banhar-se, beija-o, ame-o e quando mais te insulte, mais o ame. Que aconteceria por fim? Podem estar seguras, mulheres, que o homem se sentirá tremendamente arrependido; sentirá que o remorso estraga o coração, e até se ajoelhará para pedir-te perdão; verá em ti uma santa, uma mártir; considerará a si mesmo um tirano, um malvado. Haverá ganhado a batalha! Se ambos, homem e mulher, procedem assim, se atuam de acordo com esta fórmula, posso garantir-lhes que não se perde a “lua de mel”. O homem vai aprendendo a dominar-se ao compreender que sua mulher é uma santa, e a mulher pouco a pouco vai aprendendo a controlar-se à medida que vai se dando conta que seu marido é tremendamente nobre. Chega o momento em que nenhum dos dois quer ferir-se; idolatram-se, continuam a “lua de mel” durante toda a vida (esta é a arte de amar e ser amado). Chora tua mulher? Beija suas lágrimas, acaricia-a. Ela não aceita tuas carícias? Bom, aguarda um pouco, até que passe a ira. A ira tem um princípio e tem sua conclusão. Aguarda um momento e verás o resultado. O importante é que tu não te irrites; se conseguir isso, se te controlas, ao fim ela virá “mansinha” te pedir perdão, e quão grande é a dita da reconciliação!

Hoje, dia de São Valentim e dos Valentinianos, devemos tocar a fundo todas essas questões do amor. Em realidade de verdade, há que aprender a viver. Ser intelectual é coisa fácil; basta meter-se em uma biblioteca e o cérebro está pronto; porém saber viver quão difícil é! Muito poucos são os que em verdade sabem viver. 

Há que se começar pelo lar, há que se começar por ser bom dono de casa. O homem que não sabe ser bom dono de casa, que não sabe viver em sua casa com sua mulher e com seus filhos, tampouco sabe viver com a sociedade. Desgraçadamente, muitos querem ser cidadãos perfeitos e são considerados como tais ante o veredito solene da consciência pública, mas em sua casa não sabem viver. Observei algumas organizações; conheço um senhor que malgasta muito seu dinheiro, o desperdiça. Assim, sempre está devendo o aluguel e isso é muito grave. Quando chega a ter, malgasta o dinheiro, sua mulher passa muita fome, muita necessidade, seus filhos sofrem o indizível. Certa vez, puseram-lhe “no olho da rua”, por falta de pagamento, é claro. Foi nomeado, em certa ocasião, diretor de uma escola filosófica; em pouco tempo sucedeu que nessa escola não havia quem pagasse o aluguel; deviam-se vários meses de aluguel do edifício. Telefone? Ninguém pagava o telefone. Conclusão: ia tal organização pelo caminho do fracasso. Por quê? Porque aquele bom senhor não sabia viver em sua casa, muito menos podia dirigir uma organização. 

Quem quiser ser, em realidade de verdade, um bom chefe de alguma organização, seja esta uma empresa, uma escola, deve começar por aprender a ser bom dono de casa. Há muitos que dizem: “Bom, a mim o que interessa é a ciência, a arte, a filosofia, etc. isso de casa e de aluguel não tem para mim a menor importância” e trata a sua pobre mulher “a patadas”. Conclusão: tornam-se um fracasso nas diversas organizações aonde trabalham, sejam mestres de escola, etc. Quem não sabe ser bom dono de casa, tampouco pode ser cidadão útil à sociedade e a seus semelhantes. Há que aprender a viver, a saber viver com verdadeira inteligência e grande compreensão. 

Uns se afanam para casar-se e isso é muito grave, sobretudo as pobres mulheres. As conheci, já chegando à maturidade, em véspera de perder a florescente juventude, quando “o trem já está para deixá-las”. Quanto sofrem vendo a quem caçam! De nenhuma maneira estão dispostas a “ficar para titias”! Elas dizem: “entre ficar para titia ou resolver-me a despir bêbados, será preferível o segundo”, e até certo ponto têm razão as pobrezinhas. Porém se afanam demasiado, e ao fim tratam de conquistar por aí o que consigam; como podem, fazem a luta para lográ-lo. E logram casar-se algumas vezes, porém o fracasso é inevitável, porque há um velho ditado que diz: “Casamento e mortalha no céu se talha”. 

Há uma lei que muitos aceitarão e outros não. Eu, sim, aceito-a, e os que queiram aceitá-la, que a aceitem; é a lei do Destino. Penso que para cada mulher há um homem; penso que para cada homem há uma mulher. Então será melhor que elas aguardem o homem que lhes está reservado; se não arranja um homem, pois nem pensar; conformem-se, resignem-se e resolvam-se a “ficar para titia”. Mas se “é as sua vez”, pois maravilha; não tenderão que se resolver a “despir bêbados”. 

Em realidade de verdade, seria preferível para uma mulher ficar solteira do que fracassar. Quando se quer forçar o passo, quando quer se casar “à força” “na marra” como diz popularmente, o resultado é o fracasso; essa é a crua realidade de nossos dias. Há algumas mulheres que intentam agarrar o homem por seu lado sexual; dizem: “Bom, me entrego a este homem e talvez assim consiga que ele se case comigo”. O homem lhe traz o firmamento, as estrelas, os palácios de ouro das “Mil e Uma Noites”, põe-se a seus pés, e ela se entrega... O que sucede? Fica grávida! E ao homem o quê? Jamais volta a saber de tal homem. Vejam vocês em quantos erros caem algumas mulheres, que querem precipitar o casamento “à força”. Isso é falta de fé no destino, em Deus, ou como vocês queiram denominá-lo. Mais vale que as mulheres saibam aguardar um pouco. 

Alguns homens também cometem o erro de querer precipitar seu casamento e o resultado costuma ser bastante grave. Casar-se com uma mulher que não lhe corresponde de acordo com a Lei do Destino implica fracasso. Há um dito vulgar que diz: “O casamento não é precisamente o corno da abundância, mas sim a abundância de cornos”. Os homens que em verdade não sabem aguardar um pouco, que querem precipitar o casamento à força, terminam depois com seu bom par de “cornos” e isso é triste... 

Há um conto que diz o seguinte: “Um homem foi-se aos profundos infernos, porque havia sido muito mau, e encontrou o Diabo. Aproxima-se do Diabo e lhe diz:

— Bom senhor, quem é você? 

Ele lhe responde: 

— Atrevido, grosseiro, não se fala assim comigo! Você não vê que eu sou o Diabo? 

— Bom, releve, senhor Diabo; você é casado? 

Resposta: 

— Atrevido! Quem te disse que o Diabo se casa?

— Bom, é que estou vendo os cornos na sua cabeça”... 

A isso se expõe, em verdade, o homem que quer forçar o casamento. Há jovens de catorze, quinze ou dezesseis anos que já querem se casar. Resultado: fracasso; porque, claro, não têm experiência de vida, e cedo ou tarde, pois, a mulher se cansa de tanto aguentar fome e “até logo, meu amigo”; não resta mais remédio. 

Há que ser, pois, mesurados. Considero o matrimônio como algo muito sério, muito grave. Em realidade de verdade, há três grandes acontecimentos na vida: primeiro o nascimento; segundo, o matrimônio, e terceiro, a morte. São os três acontecimentos mais importantes da existência. Assim, pois, pensem vocês no que significa o matrimônio. 

Não devemos casar-nos com uma mulher que não nos pertença em espírito. Nossa afinidade deve ser espiritual no fundo. O que faria o homem casando-se com uma mulher calculista, interesseira, ciumenta? Pois fracassaria lamentavelmente. O que faria a mulher casando-se com um homem namorador, com um homem de má conduta, com um homem que em sua casa sempre foi mau filho, mau irmão e que na vida demostrou sempre ser mau amigo? O que é mau filho, o que é mau irmão, o que é mau amigo, não pode de modo algum ser bom esposo, isso é óbvio!

Observadas todas essas coisas desde diversos ângulos, compreenderemos o delicado que é, precisamente, o matrimônio e o amor. O interessante é entendê-lo, e atuar de acordo com nossa compreensão criadora. 

Há mulheres que não querem aprender a fazer os ofícios domésticos, porém querem se casar; não sabem cozinhar os alimentos, porém querem se casar; não sabem lavar uma roupa, mas querem se casar, e o dia que o fazem, encontra-se o pobre homem com a mulher que não sabe realizar os afazeres; pede uma empregada (claro está que sim), porém se ela não sabe como efetuar os afazeres, como pode dirigir a outros? O dono de uma fábrica tem que conhecer a fábrica para poder dirigi-la sabiamente. O professor de escola tem que conhecer todas as matérias que se ensinam na escola. Assim, também, é claro que uma mulher deve conhecer os afazeres da casa, se é que em realidade de verdade pretende comandar os empregados. Se quer comandar os empregados e não conhece os afazeres, como faria para comandar? Como faria um general que não sabe de milícia, para mandar as tropas ao campo de batalha? Como poderia traçar uma estratégia, se nunca esteve no exército, se somente é um “general fantasma” e nada mais? Deve-se saber fazer seu ofício; tanto homens como mulheres deveriam conhecer seu ofício, e conhecê-lo bem, isso é claro. Mas há mulheres que também querem que o marido faça todos os afazeres; ele tem que banhar a criança, tem que trocá-lo de roupa, limpá-lo e até dar mamadeira; isso querem, isso têm que fazer; a mim me parece que isso não está correto. O homem tem seus deveres, suas obrigações, e a mulher as suas. O homem tem que sair à rua para lutar, para conseguir dinheiro, tem que sair para trabalhar, e a mulher tem que velar pelo seu lar, os afazeres, criar seus filhos, etc. 

Por esses tempos, está acontecendo algo terrível. Quero referir-me à amamentação dos bebês. Muitas mães já não querem dar o peito a seus filhos, e o resultado é que a raça está se tornando débil. Pensem vocês no que isso significa. O leite materno está relacionado com a glândula Timo, que rege o crescimento das crianças. É uma glândula muito importante que vem a deixar de atuar na maioridade. Assim, como as glândulas mamárias estão relacionadas com a glândula Timo, é óbvio que também, por Lei de Relações, o leite materno está intimamente preparado para o bebê que vem ao nascimento. 


Desafortunadamente, já não querem as mães dar o peito a seus filhos. Esse leite materno, tão vital para o crescimento das crianças, quando negado ao bebê, produz efeitos desastrosos: cresce débil, enfermo e falto de inteligência. Nos tempos antigos, as mães davam o peito a seus filhos com toda naturalidade. Era normal que nos tempos antigos esses homens levantassem uma espada pesadíssima para sustentá-la durante horas inteiras no campo de batalha. Há espadas romanas que, hoje em dia, não levantaria um homem sozinho; necessitam-se dois, ou três, ou quatro homens para levantá-la, e entretanto um sozinho a manejava no campos de batalha. A raça debilitou-se por todos esses costumes, e o pior de todos é esse: negar o leite materno a um bebê. Em nome da verdade digo que isso me parece terrível, monstruoso. Os homens antigos eram muito fortes porque suas mães não lhes negavam o peito. 


Assim que, em realidade de verdade, nossa raça marcha agora por um caminho involutivo, descendente; multiplicam-se as enfermidades em grande maneira, e isso é espantoso. Não se possui, desde a infância, uma verdadeira fortaleza. Agora somente lhes dá mamadeira e isso é tudo (e isso, regulado a cada três horas, mesmo que a criança chore amargamente; não lhe vale o choro, tem que aguentar três horas; assim se estaria corrigindo a natureza). 

Cavalheiros, damas, pensemos em tudo isso. É bom que tratemos de regenerar-nos; é bom que aprendamos a amar; é bom que compreendamos a necessidade de saber viver no lar. 

Não há nada mais belo que o matrimônio; não há nada mais belo que o amor. Desgraçadamente, somos nós os que estamos danando o encanto do lar. Na Rússia, os jovens já não querem casar-se. Para quê? (Dizem eles, e têm razão). Para lhes submeter a tantos regulamentos, a tanta mecanicidade? Para lhes tomar seus filhos e os levar longe do lar? Para submetê-los a distintos experimentos científicos? Nessas condições têm razão os jovens russos em não querer se casar; estão desiludidos e com justa razão (o governo russo se encontra ante esse grave problema). 

Digo que, em verdade, é necessário saber respeitar o lar, saber criar os filhos, saber educá-los. Amigos, é necessário saber aproveitar essa energia criadora do sexo, essa energia que flui desde o núcleo de cada átomo, desde o núcleo de nosso sistema solar e desde o núcleo de cada galáxia do espaço estrelado. 

O amor, em si mesmo, sempre foi respeitado. Nunca, jamais, a humanidade havia caído em um estado de degeneração sexual como nestes tempos. Há países onde já oitenta a noventa e cinco por cento dos habitantes são homossexuais e lésbicas (não quero citar tais países, porque de modo algum devemos ferir a nenhuma organização, país ou pessoa; porém, sim, está degenerada a humanidade por esses tempos). Sem dúvida, o homossexualismo e o lesbianismo devem-se precisamente ao abuso sexual. As pessoas regeneradas de meados da Lemúria, nas épocas em que a humanidade não havia saído do estado paradisíaco, não ejaculavam, como já disse, o ens seminis, e quando se uniam para criar, o faziam em uma forma mística e transcendental. 

Nós, as pessoas dessa época, temos involuído demasiado. Agora o sexo converteu-se em jogo, em esporte. Em Paris, nos foi dito que há pessoas fornicando, copulando em plenos parques (as autoridades de Paris nada dizem sobre isso). Assim, por todas as partes abunda a degeneração hoje em dia. Devemos tratar de buscar o caminho da regeneração, devemos amar intensamente a mulher, devemos ver nela um poema milagroso das “Mil e uma noites”, devemos libar o vinho da sabedoria, se é que queremos viver retamente. 

Até aqui minha palestra desta noite. Está dito!


Samael Aun Weor

martes, 14 de febrero de 2023

El amor San Valentin -Samael Aun Weor

 



El amor San Valentin

Samael Aun Weor 

Buda Maitreya Kalki Avatara de Acuario


Distinguidos caballeros y damas: esta noche me dirijo a todos ustedes con el propósito de hablar, en forma enfática, sobre eso que se llama «amor». Hemos escogido tal tema por tratarse del día de San Valentín, el patrón del amor. Indubitablemente, Valentín fue un gran Maestro de la Gnosis; fundó una escuela denominada de los «Valentinianos»; fueron gentes que se dedicaron a los estudios del esoterismo crístico en todos sus aspectos; por eso es que hoy nos dirigimos a ustedes, en forma precisa, para hablarles sobre el milagro del amor.


En nombre de la verdad he de decirles que el amor comienza con un destello de simpatía, se substancializa con la fuerza del cariño y se sintetiza en adoración. ¡Amar, cuan grande es amar; solamente las grandes almas pueden y saben amar! Para que haya amor, se necesita que haya afinidad de pensamientos, afinidad de sentimientos, y preocupaciones y pensamientos idénticos.


El beso viene a ser la consagración mística de dos almas, ávidas de expresar lo que internamente viven; el acto sexual viene a ser la consubstancialización del amor, en el realismo psicofisiológico de nuestra naturaleza.


Un matrimonio perfecto es la unión de dos seres: uno que ama más y otro que ama mejor; el amor es la mejor religión asequible.


Hermes Trismegisto, el tres veces grande Dios Ibis de Thot, dijo: «Te doy amor, en el cual está contenido todo el summum de la sabiduría».


¡Cuán noble es el ser amado, cuan noble es la mujer, cuando en verdad están unidos por el vínculo del amor! Una pareja de enamorados se torna mística, caritativa, servicial; si todos los seres humanos viviesen enamorados, reinaría sobre la faz de la Tierra la felicidad, la paz, la armonía, la perfección.


Ciertamente, un pañuelito, una fotografía, un retrato, provocan en el enamorado, estados de éxtasis inefable; en tales momentos se siente comulgar con su amada, aunque se encuentre demasiado distante, ¡así es eso que se llama «amor»!


En Estados Unidos y también en Europa existe una Orden denominada la «Orden del Cisne»; los afiliados a esta Orden estudian y analizan, en forma profunda, todos los procesos científicos relacionados con el amor. Cuando la pareja está en realidad enamorada, de verdad, se producen dentro del organismo transformaciones maravillosas. El amor es una efusión o una emanación energética que brota desde lo más hondo de la Conciencia; esas radiaciones del amor estimulan a las glándulas endocrinas de todo el organismo, y ellas producen millonadas de hormonas que invaden los canales sanguíneos, llenándolos de extraordinaria vitalidad. «Hormona» viene de una palabra griega que significa «ansia de ser», «fuerza de ser». ¡Cuan pequeña es una hormona, pero cuan grandes poderes tiene para revitalizar el organismo humano! En realidad de verdad, uno se asombra al ver a un anciano decrépito cuando se enamora; entonces sus glándulas endocrinas producen hormonas suficientes como para revitalizarlo y rejuvenecerlo totalmente.


¡Amar, cuan grande es amar; solamente las grandes almas pueden y saben amar! El amor, en sí mismo, es una fuerza cósmica, una fuerza universal que palpita en cada átomo, como palpita en cada Sol.


Las estrellas también saben amar. Observemos las noches deliciosas de plenilunio: ellas se acercan entre sí, y a veces se fusionan e integran totalmente… «¡Una colisión de mundos!», exclaman los astrónomos; mas en realidad de verdad lo que ha sucedido es que dos mundos se han integrado por los lazos del amor.


Los planetas de nuestro sistema solar giran alrededor del Sol, atraídos incesantemente por esa fuerza maravillosa del amor. Observemos el centelleo de los mundos en el firmamento estrellado: comulga, tal centelleo luminoso, las ondas de luz, las radiaciones, con el suspiro de la flor… Hay amor entre la estrella y la rosa, que lanza al aire su perfume delicioso; el amor en sí mismo es profundamente divino, terriblemente divino.

En los tiempos antiguos, siempre se rendía culto al amor, a la mujer; no hay duda de que la mujer es el pensamiento más bello del Creador, hecho carne, sangre y vida. Realmente, la mujer ha nacido para una sagrada misión, cual es la de traer los hijos a éste mundo, la de multiplicar la especie. La maternidad en sí misma es grandiosa; en el México antiguo hubo siempre una divinidad consagrada, precisamente, a aquellas mujeres que morían durante el parto; se decía que «ellas continuaban, en la región de los muertos, con sus criaturas en brazos»; se afirmaba, en forma enfática, que «después de cierto tiempo ingresaban al Tlalocan, el Paraíso de Tláloc». Realmente, siempre en el México Azteca se le rendía culto a la mujer, al amor, a la maternidad; por eso las mujeres que morían de parto, eran consideradas entre las gentes de Anáhuac como unas verdaderas mártires que entregaban su vida en nombre de una gran causa.


Amar es algo inefable, divino; amar es un fenómeno cósmico extraordinario; en el rincón del amor sólo reina la dicha. Cuando una pareja está unida en la cópula sexual, con lazos de verdadero amor, las fuerzas más divinas de la naturaleza le rodean (esas fuerzas crearon el cosmos, esas fuerzas han venido nuevamente, para volver a crear); en esos momentos, el hombre y la mujer son verdaderos Dioses, en el sentido mas completo de la palabra, pueden crear como Dioses, ¡he ahí lo grandioso que es el amor! Son extraordinarias las fuerzas que rodean a la pareja durante el acto sexual, en la cámara nupcial; el ser humano podría retener esas fuerzas extraordinarias si no las malgastara en el holocausto del placer animal que a nada conduce, si en verdad respetara la fuerza maravillosa del amor.


El hombre es la fuerza expansiva de toda creación; la mujer es la fuerza receptiva y formal de cualquier creación.


El hombre es como el huracán; la mujer es como el nido delicioso de las palomas en los templos, o en las torres sagradas.


El hombre, en sí mismo, tiene la capacidad para luchar; la mujer, en sí misma, tiene la capacidad para sacrificarse.


El hombre, en sí mismo, tiene la inteligencia que se necesita para vivir; la mujer tiene la ternura que el hombre necesita cuando regresa diariamente de su trabajo.


Así que, entonces, hombre y mujer son las dos columnas del templo; esas dos columnas no deben estar demasiado lejos ni demasiado cerca; debe haber un espacio para que la luz pase por medio de ellas.


El acto sexual es un sacramento; así lo comprendieron los pueblos antiguos. Hubo templos dedicados al amor; recordemos al Templo de Venus, en la Roma augusta de los césares: recordemos nosotros a los templos de la antigua Caldea, recordemos nosotros a los templos sagrados de la India, donde se rendía culto a eso que se llama «amor».


En la Lemuria, otrora situada en el Continente Mú, en el Océano Pacífico, también se le rendía culto al amor (hubo en realidad de verdad, en el Continente Mú, dos procesos sexuales o dos formas de reproducción). A mediados de la Lemuria, la raza humana era conducida por los Kumarats hasta ciertos templos donde se les instruía sobre el sacramento sagrado del sexo; entonces nadie se atrevía a realizar la cópula sagrada fuera del templo. Sólo en determinadas épocas, repito, la raza humana era conducida por los Kumarats hacia los templos sagrados; se realizaban largos viajes, en determinadas fases de la Luna, todo con el propósito de reproducir la especie. Aún todavía, como recuerdo de aquello, como una reminiscencia, han quedado los «viajes de luna de miel» (allí tienen su origen y es bastante antiquísimo). En los patios empedrados de los templos sagrados, en el Continente Lemur, bajo la dirección de los sabios Kumarats, hombres y mujeres se unían para crear y volver nuevamente a crear; entonces el acto sexual era sacratísimo, no existía la morbosidad como en nuestros días, pues la gente no había entrado en el proceso involutivo, descendente, de la degeneración sexual.


Dicen viejos pergaminos o papiros sagrados que todavía existen en algunos lugares de la Tierra, que «en la Lemuria la gente se reproducía con el poder de Kriya Shakti, es decir, con el poder de la Voluntad y de la Yoga. Quienes hayan conocido alguna vez la Ciencia de los Tantras, sabrán a qué me estoy refiriendo. En el momento supremo de la cópula metafísica, señalan los viejos textos de la sabiduría antigua, hombre y mujer se retiraban de tal cópula química sin eyacular el ens seminis, es decir, la entidad del semen, pues se consideraba que el sexo, que el esperma era sagrado; nadie se atrevía entonces a profanar el sexo; esto es lo que hoy en día, podrían llamar los doctores «coitus interruptus». Parece exagerado, pero me limito únicamente a comentar lo que dicen las tradiciones antiguas, lo que está escrito en algunos papiros y en muchos libros que actualmente existen en el Tíbet Oriental.


Al llegar a esta parte, debemos acordarnos de Sigmund Freud. En su Psicoanálisis, él dice que «es posible transmutar la libido  sexual y sublimarla». El Profesor Sigmund Freud, vienés, hijo de Austria, fue en realidad una verdadera eminencia, produjo una verdadera innovación dentro del terreno mismo de la Medicina. Muchísimos doctores lo han comentado, muchas escuelas lo han aceptado, otras lo han rechazado, pero en todo caso, ha sido muy discutido.


Cuentan que en Berlín, Alemania, antes de la segunda guerra mundial, el Fürher Hitler hizo quemar muchos libros y también entre ellos, las obras de Sigmund Freud… Me limito, pues, a los hechos, a comentar lo que tanto se ha comentado en algunos textos. En todo caso, los lemures trabajaban, dijéramos, con el sistema de Freud: sublimaban la libido sexual, e indubitablemente, obtuvieron grandes poderes cósmicos.


Todos, en la vida, hemos presentido alguna vez la existencia del Superhombre, tal como lo cita Federico Nietzsche en su libro titulado «Así hablaba Zaratustra». Pensamos, nosotros los gnósticos, que el Superhombre realmente existió (no me refiero a un individuo en particular; me refiero a aquellos habitantes de la Lemuria). Se nos ha dicho que entonces, no existía el dolor en el parto, que las mujeres alumbraban sus hijos sin dolor; esto lo dice no solamente El Génesis, sino muchos libros religiosos antiguos. Nos limitamos, repito, a comentar esta cuestión, respetando como es natural el concepto de ustedes. En realidad de verdad, nosotros damos la enseñanza y dejamos plena libertad al auditorio para que con su mente, acepte o rechace, o interprete esta doctrina como bien quiera.


En estos precisos instantes, traigo a la memoria los lemures, lo que ellos afirman en relación con el sexo. Vivían de diez a quince siglos, eran hombres altos, tenían cuatro metros de estatura; las mujeres, un poco más medianas de cuerpo, pero también gigantes como ellos. Hablaban en un idioma que se perdió; quiero referirme, en forma enfática, al Idioma Universal, es decir, un idioma superior. Obviamente, tal idioma tiene su gramática cósmica: conozco ese idioma, conservado por las tradiciones en algunos lugares secretos, en sitios reservados. Si en aquellos tiempos se tenía que decir «buenos días», no lo diríamos como hoy en el idioma español o en el idioma inglés: «Good Morning» o «Bon jour» etc., sino que se decía, suavemente, «Haimu», y el otro contestaba, poniendo sus manos en el corazón: «Haimu» (es un idioma que tiene su gramática en forma de caracteres gráficos).


Ustedes habrán observado, por ejemplo, que los chinos tienen sus caracteres, y es bastante difícil aprender uno a hacer esos caracteres. Los griegos también tienen sus caracteres y el sánscrito los suyos. Pues bien, en el Idioma Universal los caracteres son rúnicos y los conservaban hasta hace poco los vikingos del norte. En todo caso, quien sepa esos caracteres, quien los entienda, indubitablemente poseerá gran erudición y estará capacitado como para entender ciertos textos que hacen alusión a la Lemuria.


Hace poco me regalaron a mí, o me enviaron del Tíbet, precisamente un texto sánscrito, tibetano; lo tengo en mi poder. Incuestionablemente, no he visto a nadie que lo entienda (está escrito con caracteres sánscritos). Pasó que en aquellas épocas de la Lemuria, según dicen esos viejos libros, escritos con caracteres antiguos, que «la humanidad no pensaba como nosotros, los de ahora»; que «vivían de diez a catorce siglos y hablaban en un lenguaje que -como he dicho- se perdió»; a través del tiempo se fueron corrompiendo las distintas palabras de ese lenguaje, y de tal corrupción nacieron todos los idiomas que hoy por hoy existen sobre la faz de la Tierra. Sin embargo, puedo decirles a ustedes que aquel lenguaje se asemeja mucho en los sonidos al Chino; parece que la fonética del Lenguaje Universal y la del Chino son similares; he estudiado ambas fonéticas y me parecen prácticamente iguales. Los chinos, habrán visto ustedes que entre ellos platican con un cierto canto que no es el del lenguaje seco que nosotros usamos, sino que tiene sus silabeos. Así es el Lenguaje Universal; sin embargo, hay una diferencia muy notable entre el Chino y el Lenguaje Universal; el lenguaje Lemur o Universal, actúa directamente sobre el fuego, el aire, las aguas y la tierra.


Viejísimas tradiciones, antiquísimas dicen que «los lemures tenían poder sobre los elementos de la naturaleza»; esto es lo que podríamos nosotros denominar «el Superhombre» de Federico Nietzsche, en su obra «Así hablaba Zaratustra»… Les digo que esos poderes se debían, especialmente, a que los lemures no eliminaban o no extraían de sus organismos el esperma sagrado, es decir, el Exiohehari: únicamente lo transmutaban, tal como lo menciona Brown Squard o un Krumm Heller, con los cuales podemos corroborar esta afirmación científica. Obviamente, cuando el ens seminis no es eyaculado, se transforma en energía, y ésta viene a revitalizar el orgasmo. Entiendo que tal tipo de energía es muy fina, y que las ondas energéticas del sexo ponen en actividad los poderes que se hallan latentes en las glándulas pineal, pituitaria, tiroides y paratiroides. No trato con esto de sentar dogma ni nada por el estilo; únicamente refiero datos que hemos estudiado y que hoy comentamos con ustedes, puesto que estamos en una Sala Cultural, intelectual. Entiendo que aquí hay personas muy cultas que pueden perfectamente aceptar o rechazar estas afirmaciones; yo únicamente me limito a comentar.


Vivir diez o quince siglos, sería inconcebible para nosotros hoy en día: sin embargo, La Biblia afirma que Matusalén vivió novecientos años, y esto nos deja pensando un poco… En todo caso, entiendo que el sistema lemúrico dio buenos resultados, pues esas gentes tenían larga vida y además poseían facultades extraordinarias.


Los lemures no veían el mundo físico como nosotros lo vemos; para ellos el aire era de distintos colores, las montañas transparentes, y aquellos Dioses de los cuales hablaban tanto, obviamente eran perceptibles, para sus sentidos de percepción interna, es decir, gozaban de la extrapercepción científica.


Ya se ha hablado mucho en nuestros días sobre extrapercepción. Indubitablemente, las gentes de psiquis tridimensional no aceptarían jamás las extrapercepciones; mas recordemos que en tiempos de Galileo, nunca se aceptaba que la Tierra era redonda ni que se movía. Cuando Galileo lo afirmó, lo iban a quemar vivo, se le siguió juicio en la Inquisición, y poniéndolo delante de La Biblia, le dijeron: «Si usted no jura y se retracta de lo que dijo, será quemado vivo en la hoguera». Luego vino la pregunta: «¿Jura usted que la Tierra no es redonda y que no se mueve?» Y entonces Galileo respondió: «¡Lo juro, pur se muove, se muove!», es decir, «¡pero se mueve, se mueve!» Por haber dicho esto, por haber hecho el juramento en esta forma, no lo quemaron vivo; no, hubo un poquito de compasión hacia él; se limitaron a meterlo en la cárcel y eso fue todo.


Así que, en realidad de verdad, el universo nos ofrece cosas insólitas, cosas que al principio uno rechaza porque le parecen absurdas, pero que más tarde tiene que aceptarlas.


Brown Squard demostró que muchas enfermedades nerviosas y del cerebro, podrían desaparecer si se evitara, durante la cópula química, precisamente eso que se llama «orgasmo», en fisiología, o «espasmo». Naturalmente, Brown Squard fue muy criticado, se le consideró «inmoral», pero no hay duda de que se acercó a un gran secreto, al secreto lemúrico. Los lemures, debido precisamente a su formación religiosa y a su cópula química especial, gozaron de facultades que los seres humanos de esta época desconocen; los lemures podían ver perfectamente las dimensiones superiores de la naturaleza y del cosmos; hoy en día los seres humanos no ven la Tierra tal cual es, sino como aparentemente es.


Nuestro planeta es multidimensional; esto está demostrado matemáticamente, pero en realidad de verdad, la mayoría de las gentes no lo aceptan, y es que cada cual es libre de pensar como quiera; desafortunadamente, los intelectuales de esta época están embotellados en el dogma tridimensional de Euclides. Ese dogma ha sido siempre muy discutido, aunque es claro que ya va pasando de moda.


Hombres muy sabios han escrito obras extraordinarias, sobre matemáticas que se relacionan con la cuarta coordenada; a esos hombres se les respeta, nadie se atreve a discutirle, pero todavía hay gentes que se muestran escépticas. Sin embargo la obra aquella, «Ontología de las Matemáticas» bien valdría la pena que los intelectuales la conocieran a fondo, profundamente.


Los lemures pues, cuando levantaban sus ojos a las estrellas, podían comunicarse con habitantes de otros mundos; para ellos, era una realidad la vida en otros planetas del sistema solar; «la pluralidad de los mundos habitados», preconizada por un Camilo Flammarión, era un hecho para la Raza Lemúrica… En la Lemuria, antes de la cópula química, en pleno templo, hombre y mujer pasaban por brillantes ceremonias místicas; se le rendía culto a lo divinal, al Gran Alaya del Universo, a eso que los chinos llamaron Tao, a eso que los gnósticos denominaron INRI, a eso que es lo que es, lo que siempre ha sido y lo que siempre será. Obviamente, ellos comprendían que no puede existir nada en la creación sin un principio directriz, inteligente y por eso ellos, antes de la cópula química, adoraban a lo eternal.


Con el tiempo la Raza Lemúrica fue degenerando, poco a poco. Existían ciudades enormes, ciudades ciclópeas; las murallas de aquellas ciudades fueron levantadas con lava de volcanes, etc.; en tales ciudades hubo una civilización extraordinaria, hubo naves propulsadas por energía atómica, naves que llegaron a la Luna, naves que llegaron a todos y cada uno de los planetas del sistema solar. Nuestra civilización moderna, con los famosos cohetes que «tirios» y «troyanos» hacen descender sobre la Luna, no es en realidad la primera de las civilizaciones, ni será la última; en verdad que se necesita comprender que en el mundo han existido diversas civilizaciones, y que la nuestra no es la única.


Los lemures tuvieron una gran civilización, repito; no temían a la muerte, pues sabían muy bien, en forma directa, el día y la hora de su muerte, y cuando llegaba ese día, se acostaban en su sepulcro, sepulcro que ellos mismos hacían con sus propias manos y muy sonrientes pasaban a la eternidad. Los valores psíquicos no desaparecían de la vista de los parientes, y obviamente no había entonces dolor. Así lo han comentado viejos textos antiguos, y yo a su vez me permito platicar con ustedes sobre todas estas cosas, porque veo que ustedes han acudido aquí en forma comprensiva. Es claro que no todos los que me escuchan están de acuerdo con todo lo que estoy afirmando; sería absurdo que yo supiese, siquiera por un momento, que todas las personas que en este auditorio están, aceptan estas afirmaciones; pero los que en realidad de verdad saben escuchar, comprenden muy bien que todo es posible en el universo. El mundo de las posibilidades es siempre infinito, y si alguien comenta sobre textos antiguos, vale la pena escucharlo; eso es obvio.


Digo que los lemures, después involucionaron en el tiempo; entonces sus facultades de percepción se fueron atrofiando lamentablemente. Cuentan muchas tradiciones que después de algún tiempo, los lemures comenzaron a copular fuera de los templos y que se rebelaron contra la dirección de los Kumarats; que tomaron el acto sexual por su cuenta y que eyacularon el ens seminis. Así lo dicen algunos tratadistas. Como secuencia o corolario, perdieron sus facultades trascendentales, y cuando la Raza Lemúrica (en todos los rincones de aquel gigantesco continente que otrora existiera en el Océano Pacífico) se adentraba en los templos, los Sacerdotes o Hierofantes expulsaban a los devotos diciéndoles: «¡fuera, indignos!» Fue entonces cuando en realidad de verdad el hombre salió del Paraíso Terrenal con su mujer, por haber «comido» de esa «fruta prohibida», esa que le estuviese vedada en otros tiempos. En verdad digo lo siguiente: Adán son todos los hombres de la época antigua, Eva eran todas las mujeres; y cuando se «comió» de «la fruta prohibida» hombres y mujeres fueron echados de los Templos de Misterios, sus facultades se atrofiaron, y tuvo el hombre que trabajar duramente para sostener a su mujer y a sus hijos, y la mujer tuvo que traer a los hijos con dolor. Esto que estoy diciendo tiene muy amplia documentación; entre los Náhuacs, entre los Mayas, y entre muchos pueblos del Asia; siempre se ha hablado sobre lo mismo.


He visto códices donde aparecen estas figuras, donde lo que estoy diciendo, aparece representado en figuras. He investigado cuidadosamente tales códices; así, pues, lo que estoy hablando tiene documentación (repito). No pido a nadie que lo crea, pero sí valdría la pena que los estudiosos investigaran un poco más, entre los Mayas, Toltecas, Zapotecas, etc., por qué involucionó el ser humano, y si es cierto que está mencionado en los libros antiguos.


Así que en el amor hay un secreto, y este me parece que ha sido muy bien estudiado por Sigmund Freud (la sublimación, digo, de la energía creadora, mirar el sexo con profundo respeto). Obviamente, el hombre y la mujer son como dos partes de un mismo ser; el hombre salió del Edén acompañado de su esposa, y debe regresar al Edén con su misma esposa. Con otras palabras diríamos: el hombre salió del Edén por las puertas del sexo, y solamente por esa puerta puede retornar al Edén, el Edén es el mismo sexo.


¡Qué ingentes poderes se despertarían si la humanidad aceptara el sistema de la «Comunidad Oneida», o el de Brown Squard, o el de Krumm Heller, sistemas fundamentados en las viejas tradiciones de la Lemuria! Esto es algo que los médicos, los hombres de ciencia podrían investigar; yo me limito, sencillamente, a pensar que de la transmutación y sublimación de la energía creadora, deviene una transformación psicológica-fisiológica-biológica, radical. El Superhombre de Nietzsche podría lograrse mediante la transmutación de la libido sexual; empero lo principal es saber amar; sin amor no es posible realizar todos estos prodigios.


Observen ustedes que siempre al lado de los grandes hombres, aparecen las grandes mujeres: frente al Buddha Gautama, está Yodisha, su bella esposa y discípula; junto al Divino Rabí de Galilea, aparece María Magdalena. Obviamente, no sería posible para los grandes hombres, realizar gigantescas labores como aquellas que han permitido cambiar el curso de la historia, si no estuviesen acompañados a su vez por alguna mujer.


El hombre y la mujer, en realidad de verdad (repito), son dos aspectos de un mismo ser, eso es claro. El amor, en sí mismo, deviene de lo ignoto de nuestro Ser; quiero decir, en forma enfática, que dentro de nosotros mismos, allá en las profundidades más íntimas, poseemos nuestro Ser; éste reviste características trascendentales de eternidad, éste es lo divinal en nosotros. El amor, digo, es la fuerza que emana de ese prototipo divinal, existente en lo hondo de nuestra Conciencia; es un tipo de energía capaz de realizar verdaderos prodigios.


Valentín y los Valentinianos, tuvieron su escuela; fue una Escuela Gnóstica donde se estudiaron los Misterios del Sexo, donde se analizaron cuidadosamente. Valentín y los Valentinianos conocieron, en realidad de verdad, el secreto lemúrico: sublimaron la energía creadora y lograron el desarrollo de ciertas posibilidades psíquicas que se hallan latentes en la raza humana; se nos ha dicho que Valentín fue un gran iluminado, un gran Maestro en el sentido mas completo de la palabra.


El amor, en sí mismo, es algo divino. Miremos nosotros al cisne; el Cisne Kala Hamsa, es el símbolo del amor: él vuela sobre las aguas del Lago de la Vida; un par de cisnes, en algún lago, ¡cuán bello es!; cuando uno de la pareja muere, el otro sucumbe de tristeza, y es que el amor se alimenta con amor. Pero hay que saber amar; desgraciadamente, el ser humano no sabe amar.


Muchas veces, el hombre trata muy mal a la mujer en su primera noche de bodas; no quiere él comprender que la virginidad es sagrada y que hay que saberla respetar; podría decirse que viola a su propia mujer, no quiere entender que hay que saber tratar a la mujer con sabiduría, que hay que saber llevarla por el camino del amor.


En la vida cotidiana, riñen muchas veces hombre y mujer, riñen por cuestiones insignificantes: el hombre dice una cosa, la mujer otra. A veces sucede que una palabrita es suficiente para que uno de la pareja reaccione: no quiere controlarse a sí mismo, no quiere comprender que el gimnasio psicológico de la vida en el hogar, es la mejor oportunidad para descubrirnos, para autodescubrirnos; es en el hogar donde venimos a descubrir nuestros defectos de tipo psicológico. Si nos hieren, ¿por qué nos hiere? ¿Será que tenemos celos, será que nos han herido el amor propio, será que nos han herido el orgullo, o la vanidad, o qué? Cuando uno descubre que tiene un defecto psicológico, tiene también la oportunidad de desintegrarlo, de reducirlo a polvareda cósmica. Eliminando nuestros errores, nuestros defectos, un día de esos tantos podremos lograr el despertar de la Conciencia.


Desgraciadamente, las gentes no quieren eliminar sus defectos; dicen: «Yo soy iracundo, ese es mi modo de ser». Otro dice: «Bueno, yo soy celoso, así soy, ¿y qué?» El de más allá exclama: «¡Yo soy lujurioso, me gustan las mujeres; así soy, así nací!, ¿y qué?» Con ese modo de pensar, con ese modo de sentir, no es posible lograr una transformación verdadera.


Muchos se quejan de sus mujeres: que son irascibles, que son celosas; desean conseguirse otra mujer que sea un paraíso, que sea un Angel bajado de las estrellas, etc. No quieren entender que el hogar es un gimnasio psicológico extraordinario, y que es allí donde podemos autodescubrir todos nuestros errores, y que si lo logramos, conseguiremos el despertar de la Conciencia.


Hay que saber amar, digo; en la casa debe reinar siempre la comprensión entre hombre y mujer; no debe esperar el hombre que la mujer sea perfecta; tampoco la mujer debe esperar que el hombre sea un «príncipe azul»; hay que aceptar las cosas como son, y tener la casa como una escuela donde podemos autodescubrirnos. A medida que nosotros vayamos eliminando tantos y tantos defectos psicológicos que tenemos, la felicidad del hogar irá aumentando, y si un día nos tocó sufrir mucho, después ese hogar se convertirá en un paraíso.


Los celos, por ejemplo, es algo que daña el hogar; el celoso «hace de una pulga un caballo». Si la mujer mira por allí a alguien, ya está sufriendo, ya le parece que tiene relaciones con otro hombre, etc. (errores de su mente, pero que él los toma como realidad). La mujer celosa es lo mismo: hace sufrir al varón; no puede éste mirar a ninguna mujer, porque ya está sufriendo y formando terribles escándalos dentro de la casa; por ese camino de los celos, se sufre demasiado.


Si uno en verdad investigara cuidadosamente el origen de los celos, descubriría que ellos se deben precisamente al temor. Se teme perder lo que más se ama: la mujer teme perder al hombre, el hombre teme perder a la mujer; cree la mujer que el hombre se va con otra, teme el hombre que la mujer se va con otro, y claro, vienen los sufrimientos y los dolores; más si nosotros eliminamos el temor, los celos desaparecen. ¿Cómo podríamos nosotros eliminar el temor de perder al ser amado? Unicamente mediante la reflexión, mediante la meditación. Pensemos que en realidad de verdad, nosotros no venimos a este mundo acompañados del ser humano, que solamente nos recibió el doctor, partero o la partera, que tampoco trajimos al mundo dinero ni bienes materiales, y que es claro que a la hora de la muerte, tampoco nos vamos a ir acompañados; la mujer o el hombre, alguno habrá de quedarse aquí, mientras el otro parte para la eternidad. Así que, la muerte nos separa desde el punto de vista físico; por eso dicen los sacerdotes: «Os declaro marido y mujer, hasta que la muerte los separe».


En realidad de verdad, tarde o temprano llega la muerte; así es que, si nosotros al morir no nos llevamos para la eternidad ni un alfiler, ni una moneda, nada de lo que tenemos, tampoco nos podríamos llevar al ser amado con cuerpo y todo. Entonces, ¿por qué tememos? Debemos aceptar las cosas como son, no debemos tener apegos materiales ni personales, porque el momento del desapego suele ser terrible. Uno sufre porque se apega a algo, ya sea una persona, ya sea alguna cosa; siempre se sufre y por eso no debemos tener apegos de ninguna especie, ni temer porque tengamos que perder algo.


Lo más grave que podría suceder a un hombre es que lo llevaran al paredón de fusilamiento, ¿y qué? Para morir nacimos; ¿entonces qué? Tarde o temprano tenemos que morir, y aquellos que quieren mucho a su dinero, que están apegados a su fortuna, tarde o temprano habrán de perderla. ¿Por qué entonces habrían de temer, si eso es lo más natural? Así también, ¿por qué habríamos de temer la pérdida del ser amado? Cuando uno comprende que todo en la vida tiene un principio y un fin, el temor desaparece (hasta el temor de perder al ser amado) y cuando tal temor desaparece, entonces los celos desaparecen para siempre, ya no existen; no pueden, no deben existir, puesto que no hay temor.


Otro factor de discordia entre las parejas, en los hogares, es la ira. El hombre dice una frase iracunda, la mujer responde «con dos piedras en la mano» y al fin terminan en una batalla de platos y vasos rotos, etc.; ¡esa es la cruda realidad de los hechos! Si se eliminara el demonio de la ira, reinaría la paz en los hogares, no habría dolor; pero me digo y les digo a ustedes: ¿por qué tiene que haber ira dentro de nosotros, por qué somos así? ¿De manera que no es posible que cambiemos? ¡Sí es posible!; yo me propuse cambiar y cambié, yo fui iracundo, también conocí el proceso de la ira, pero me propuse eliminarla y la eliminé (claro, hube de pasar por ciertos sacrificios). A fin de eliminar la ira, visitaba aquellos lugares donde me pudiera alguien insultar, iba con el propósito de que me insultaran. Sabía de un elemento XX que no gustaba de las enseñanzas, y lo visitaba intencionalmente para que me insultara; aquel hombre me insultaba durante media o una hora; esto duraba y entretanto yo observaba mis reacciones internas y externas, los impulsos que vienen de adentro y los impulsos que vienen de afuera; observaba las causas que motivan la ira. Pude evidenciar que en algunas circunstancias, la ira se producía porque me habían herido el orgullo; pude comprobar que en algunas ocasiones, la ira se producía porque me herían el amor propio; me quería mucho a mí mismo, pensaba que yo era una gran persona, sin comprender que era tan sólo un vil gusano del lodo de la tierra; me creía grande y si alguien tocaba la llaga que hay por allá adentro, entonces reaccionaba furiosamente, «tronaba» y «relampagueaba», «rasgaba  mis vestiduras», y protestaba. Yo me propuse estudiar todos esos factores de la ira, y a través de muchos super esfuerzos y sacrificios, conseguí eliminarla. Así pues, esto de que «yo soy así», no tiene ningún valor; si «uno es así», puede cambiar, y si uno cambia, se beneficia a sí mismo y beneficia a los demás, a sus semejantes. Hay que aprender a cambiar, a eliminar nuestros errores; esto es posible reflexionando un poco.


¡Qué dichosas serían las parejas si supieran amar de verdad! Si el hombre nunca tuviera ira, si la mujer jamás tuviera ira, entiendo que la «luna de miel» se puede conservar. Desgraciadamente, los seres humanos, aquellos que se casan, están empeñados en acabar con lo más bello que hay en la «luna de miel». Si se quiere conservar la «luna de miel», hay que eliminar la ira, hay que eliminar los celos, hay que eliminar el egoísmo; debemos volvernos comprensivos, aprender a dispensar al ser amado en todos sus errores. Nadie nace perfecto; el hombre debe saber que la mujer tiene sus defectos, la mujer debe comprender que el hombre tiene los suyos. Mutuamente deben dispensarse sus defectos de tipo psicológico; si así proceden, conservarían la «luna de miel».


Entre los antiguos pueblos de Anáhuac, fue Xochipilli el Dios del Canto, del Amor y de la Belleza; Xochipilli nos enseña a conservar las delicias indiscutibles de la «luna de miel». ¡Es lástima que la gente no comprenda la Doctrina de Xochipilli!


Es posible conservar la «luna de miel» cuando se aprende a dispensar los errores del ser amado; mas si no se saben dispensar los errores, la «luna de miel» se pierde.


Cuando una pareja se casa, debería entender mejor la Psicología. Por lo común, uno de la pareja comienza por herir al otro; el otro reacciona y se forma un conflicto. Al fin el conflicto pasa, los dos se reconcilian, todo continúa aparentemente igual, en paz; mas no hay tal: el resentimiento queda. Otro día hay otro conflicto, se disputan marido y mujer por cualquier tontería (tal vez por los celos, o en fin, por cualquier cosa). Resultado: pasa el conflicto y el resentimiento va aumentando, la «luna de miel» se va acabando y por último no hay tal «luna de miel», se acabó, lo que hay es resentimiento de lado y lado, y si no se divorcian, si continúan unidos, ya lo hacen por un deber, simplemente por pasión animal y eso es todo.


Muchos matrimonios ya no tienen nada que ver con el amor; el amor de hoy en día huele a gasolina, a celuloide, a cuentas de Banco y a resentimiento.


Lo más grave, el error más grave que pueden cometer un hombre y una mujer, es acabar con la «luna de miel». Esta podría conservarse, a condición de saberla conservar. ¿Que te insultó la mujer, que te dijo palabras duras? Tú manténte sereno, apacible; no reacciones por nada de la vida, muérdete la lengua antes que contestar; al fin ella, al verte tan sereno, sin ningún tipo de reacción, se sentirá terriblemente avergonzada y te pedirá excusas. ¿Te insultó tu marido, mujer?, ¿qué te dijo? ¿Te está celando con el novio que tenías antes? ¿Qué pasa, está hoy el hombre de mal carácter?, ¿regresó de la calle completamente neurasténico? ¡Manténte serena, alcánzale su comida, su ropa; ayúdalo a bañarse, bésalo, ámalo y cuando más te insulte, tú más ámalo! ¿Qué sucedería al fin? Pueden ustedes estar seguras, mujeres, que el hombre se sentirá tremendamente arrepentido; sentirá que el remordimiento le estraga el corazón, y hasta se hincará para pedirte perdón; verá en ti una santa, una mártir; se considerará él un tirano, un malvado. ¡Habrás ganado la batalla! Si ambos, hombre y mujer proceden así, si actúan de acuerdo con esta formula, puedo garantizarles que no se pierde la «luna de miel». El hombre va aprendiendo a dominarse, al comprender que su mujer es una santa, y la mujer poco a poco va aprendiendo a controlarse, a medida que se va dando cuenta que su varón es tremendamente noble. Llega el momento en que ninguno de los dos quiere herirse, se idolatran y continúan la «luna de miel» durante toda la vida (este es el arte de amar y de ser amado). ¿Llora tu mujer? Bésale sus lágrimas, acaríciala. ¿Que ella no acepta las caricias? Bueno, aguárdate un poco, a que le pase la ira; la ira tiene un principio y tiene su conclusión; aguarda un momento y verás el resultado, lo importante es que tú no te enojes; si lo logras, si te controlas a ti mismo, al fin ella vendrá «mansita» a pedirte perdón, ¡y cuan grande es la dicha de la reconciliación!


Hoy, día de San Valentín y de los Valentinianos, debemos tocar a fondo todas estas cuestiones del amor. En realidad de verdad, hay que aprender a vivir. Ser intelectual es cosa fácil, basta meterse una biblioteca en el cerebro y queda listo; pero saber vivir, ¡cuan difícil es!; muy pocos son los que en verdad saben vivir.


Hay que empezar por el hogar, hay que empezar por ser buen dueño de casa; el hombre que no sabe ser buen dueño de casa, que no sabe vivir en su casa con su mujer y con sus hijos, tampoco sabe vivir con la sociedad. Desgraciadamente, muchos quieren ser ciudadanos perfectos y aparecen como tales ante el veredicto solemne de la conciencia pública, mas en su casa no saben vivir. He podido observar algunas organizaciones; conozco un señor que malbarata mucho sus dineros, los derrocha. Total, siempre está debiendo la renta y esto es muy grave. Cuando llega a tener, malgasta los dineros, su mujer pasa mucha hambre, muchas necesidades, sus hijos sufren lo indecible; alguna vez se les ha puesto «de patitas en la calle», por falta de pago, claro está. Se le nombró, en alguna ocasión, Director de una Escuela Filosófica; al poco tiempo sucedió que en esa escuela no había quien pagara la renta; se debían varios meses de renta del edificio. ¿Teléfono? nadie pagaba el teléfono. Conclusión: iba tal organización por el camino del fracaso. ¿Por qué? Porque aquel buen señor no sabía vivir en su casa, mucho menos podía dirigir una organización.


Quien quiera ser en realidad de verdad un buen jefe de alguna organización, sea ésta una empresa, sea ésta una escuela, debe empezar por aprender a ser buen dueño de casa. Hay muchos que dicen: «Bueno, a mí lo que me interesa es la ciencia, el arte, la filosofía, etc.; eso de la casa y de las rentas, no tiene para mí la menor importancia» y trata a su pobre mujer «a patadas». Conclusión: resultan un fracaso en las diversas organizaciones donde trabajan, ya sean maestros de escuela, etc. Quien no sabe ser buen dueño de casa, tampoco puede ser ciudadano útil a la sociedad y a sus semejantes; hay que aprender a vivir, a saber vivir con verdadera inteligencia y gran comprensión.


Unos se afanan por casarse y eso es muy grave, sobre todo las pobres mujeres. Las he conocido, ya llegando a la madurez, en vísperas de perder la floreciente juventud, cuando «ya el tren está para dejarlas». ¡Cuánto sufren, viendo a ver a quién cazan; de ninguna manera están dispuestas a «quedarse para vestir santos»! Ellas dicen: «Entre quedarse una para vestir santos, o resolverse a desnudar borrachos, será preferible lo segundo», y hasta cierto punto tienen razón las pobrecitas. Pero se afanan demasiado, y al fin tratan de conquistar por ahí al que puedan; como puedan, hacen la luchita para lograrlo. Y logran casarse algunas veces, pero el fracaso es inevitable, porque hay un viejo dicho que reza: «Matrimonio y mortaja, del cielo baja».


Hay una Ley que muchos aceptarán y otros no. Yo sí la acepto, y los que quieran aceptarla, que la acepten, es la Ley del Destino. Pienso que para cada mujer hay un varón, pienso que para cada hombre hay una mujer; entonces será mejor que ellas aguarden al hombre que les habrá de tocar; si no les toca un hombre, pues ni modo», a conformarse, a resignarse y resolverse a «vestir santos». Mas si «le toca», pues maravilloso; no tendrán que resolverse a «desnudar borrachos».


En realidad de verdad, sería preferible para una mujer  quedarse soltera, que fracasar; cuando se quiere forzar el paso, cuando quieren casarse «a la brava», «a la malagueña», como reza el dicho, el resultado es el fracaso; esa es la cruda realidad de nuestros días. Hay algunas mujeres que intentan agarrar al hombre por su lado sexual; dicen: «Bueno, me entrego a este hombre y tal vez así logre que el se case conmigo». El hombre le trae el firmamento, las estrellas, los palacios de oro de «Las Mil y Una Noche», se los pone a sus pies, y ella se entrega… ¿Qué sucede? ¡Queda embarazada! ¿Y el hombre qué? Jamás vuelve a saber de tal hombre. Vean ustedes en cuántos errores caen algunas mujeres, que quieren precipitar el matrimonio «a la brava»; eso es falta de fe en el destino, en Dios, o como ustedes quieran denominarlo; más vale que las mujeres sepan aguardar un poco.


Algunos hombres también cometen el error de querer precipitar su matrimonio, y el resultado suele ser bastante grave. Casarse uno con una mujer que no le corresponde, de acuerdo con la Ley del Destino implica fracaso; eso es obvio. Por allí hay un dicho vulgar que reza: «El matrimonio no es precisamente el cuerno de la abundancia, pero sí la abundancia de cuernos». Los hombres que en verdad no saben aguardar un poco, que quieren precipitar el matrimonio a la fuerza, terminan después con su buen par de «cuernos» y eso es triste… Por allí hay un cuento que dice lo siguiente: «Un hombre se fue por allá, a los profundos infiernos, porque había sido muy malo. Y encontró al Diablo; se acerca al Diablo y le dice: bueno señor, ¿quién es usted? El le responde: ¡atrevido, grosero, a mí no se me habla así! ¿Usted no ve que yo soy el Diablo? Bueno, dispense usted Señor Diablo; ¿es usted casado? Respuesta: ¡Atrevido!, quién te ha dicho que el Diablo se casa? Bueno, (le dijo) es que como estoy viendo los cuernos en su cabeza»… A eso se expone, en verdad, el hombre que quiere forzar el matrimonio. Hay jovencitos, de catorce, quince o diez y seis años, que ya quieren casarse; tienen una noviecita, no saben trabajar, todavía no saben «ganar los frijoles», pero quieren casarse. Resultado: fracaso; porque claro, todavía no tienen experiencia en la vida, y tarde o temprano, pues, la mujer se cansa de tanto aguantar hambre y «hasta luego mi amigo», no queda más remedio.


Hay que ser, pues, mesurados. El matrimonio lo considero yo como algo muy serio, muy grave. En realidad de verdad, hay tres acontecimientos muy grandes en la vida: primero el nacimiento; segundo, el matrimonio, y tercero, la muerte. Son los tres acontecimientos más importantes de la existencia; así pues, piensen ustedes en lo que significa el matrimonio.


No debemos casarnos con una mujer que no nos pertenezca en espíritu; nuestra afinidad debe ser espiritual en el fondo. ¿Qué haría el varón casándose con una mujer calculadora, interesada, celosa? Pues fracasaría lamentable. ¿O qué haría la mujer, casándose con un varón enamorador, con un varón de mala conducta, con un varón que en su casa siempre fue mal hijo, mal hermano y que en la calle ha demostrado siempre ser mal amigo? El que es mal hijo, el que es mal hermano, el que es mal amigo, no puede en modo alguno ser buen esposo, ¡eso es obvio!


Miradas todas estas cosas desde diversos ángulos, comprenderemos lo delicado que es, precisamente, el matrimonio y el amor. Lo interesante es entenderlo, y actuar de acuerdo con nuestra comprensión creadora.


Hay mujeres que no quieren aprender a hacer los oficios domésticos, pero sí se quieren casar; no saben guisar los alimentos, pero sí quieren casarse; no saben coser un traje, pero quieren casarse, y el día que lo hacen, se encuentra el pobre hombre con que la mujer no sabe realizar el quehacer; pide una criada (¡claro está que sí!), pero si no sabe ella como efectuar el quehacer, ¿cómo puede dirigir a otros? El dueño de una fábrica, tiene que conocer la fábrica para poderla dirigir sabiamente; el Maestro de Escuela tiene que conocer todas las materias que se enseñan en la escuela; así, también, es claro que una mujer debe conocer el quehacer de la casa, si es que en realidad de verdad intenta mandar a la servidumbre; si quiere mandar a la servidumbre y no conoce el quehacer, ¿cómo haría para mandarla? ¿Cómo haría un General, que no sabe de milicia, para mandar las tropas al campo de batalla? ¿Cómo podría trazar una estrategia, si nunca ha estado en el ejército, si solamente es un «General fantasma» y nada más? Uno debe saber hacer su oficio, tanto hombres como mujeres deberían conocer su oficio, y conocerlo bien, eso es claro; más hay mujeres que también quieren que el marido haga todo el quehacer; él tiene que lavar al muchachito, tiene que cambiarlo de ropa, limpiarlo y hasta darle el biberón; eso quieren, eso tienen que hacer; a mí me parece que eso no está correcto. El hombre tiene sus deberes, sus obligaciones, y la mujer las suyas; el hombre tiene que salir a la calle para luchar, para conseguir los dineros; tiene que salir a trabajar, y la mujer tiene que velar por su hogar, el quehacer, criar sus hijos, etc.


Por estos tiempos, está acaeciendo algo terrible; quiero referirme a la crianza de los niños. Ya muchas madres no quieren darle el pecho a sus hijos, y el resultado es que la raza se está levantando débil, hecho que deben ustedes en lo que significa. La leche materna está relacionada con la glándula timo; es obvio que también, por Ley de Relaciones, la leche materna está íntimamente preparada para el niño que viene al nacimiento. Desafortunadamente, ya no quieren las madres darle el pecho a sus hijos; esa leche materna, tan vital para el crecimiento de las criaturas, cuando se le niega al niño produce efectos desastrosos: se levanta débil, enfermo y falto de inteligencia. En los tiempos antiguos, las madres daban el pecho a sus hijos con toda naturalidad; era normal que en los tiempos antiguos, esos hombres levantaran una espada pesadisima, para sostenerla durante horas enteras en el campo de batalla. Hay espadas romanas que, hoy en día, no levantaría un hombre solo; se necesitan dos, o tres, o cuatro hombres para levantarla, y sin embargo uno solo la esgrimía en los campos de batalla. La raza se ha debilitado por todas esas costumbres, y la peor de todas es esa: negarle la leche materna a un niño. En nombre de la verdad digo que esto me parece terrible, monstruoso; los hombres antiguos eran muy fuertes porque sus madres no les negaban el pecho.


Así que, en realidad de verdad, nuestra raza marcha ahora por un camino involutivo, descendente; se multiplican las enfermedades en gran manera, y eso es espantoso; no se posee, desde la niñez, una verdadera fortaleza; ahora solamente se les da, a las criaturas, agua-leche y eso es todo (y eso, reglamentada cada tres horas, aunque la criatura llore amargamente; no le vale el llanto, tiene que aguantarse tres horas; así se está corrigiendo a la naturaleza).


Caballeros, damas: pensemos en todo esto. Es bueno que tratemos de regenerarnos, es bueno que aprendamos a amar, es bueno que nosotros comprendamos, todos, la necesidad de saber vivir en el hogar.


No hay nada más bello que el matrimonio, no hay nada más bello que el amor; desgraciadamente, somos nosotros los que estamos dañando el encanto del hogar. En Rusia, ya los jóvenes no quieren casarse. ¿Para qué? dicen, y tienen razón. ¿Para que se les someta a tantos reglamentos, a tanta mecanicidad? ¿Para que se les quite sus hijos y se los lleve lejos del hogar? ¿Para que se les someta a distintos experimentos científicos? En esas condiciones tienen razón los jóvenes rusos, en no querer casarse; están desilusionados y con justa razón (el gobierno ruso se encuentra ante un grave problema).


Digo que, en verdad, es necesario saber respetar el hogar, saber criar a los hijos, saberlos educar. Amigos: es necesario saber aprovechar esa energía creadora del sexo, esa energía que fluye desde el núcleo de cada átomo, desde el núcleo de nuestro sistema solar y desde el núcleo de cada galaxia del espacio estrellado.


El amor, en sí mismo, siempre fue respetado; nunca, jamás, la humanidad había caído en un estado de degeneración sexual como en estos tiempos. Hay países donde ya el ochenta o noventa y cinco por ciento de los habitantes son homosexuales y lesbianas (no quiero citar tales países, porque en modo alguno debemos herir a ninguna organización, país o persona; pero sí está degenerada la humanidad por estos tiempos). Incuestionablemente, el homosexualismo y el lesbianismo se deben precisamente al abuso sexual. Las gentes regeneradas de la mitad de la Lemuria, en épocas en que la humanidad no había salido del estado paradisíaco, no eyaculaban como ya dije el ens seminis, y cuando se unían para crear, lo hacían en una forma mística y trascendental.


Nosotros, las gentes de esta época, hemos involucionado demasiado; ahora el sexo se ha convertido en juego, en deporte. En París, se nos ha dicho que hay gentes fornicando, copulando en plenos parques (las autoridades de París nada dicen sobre eso). Así que por todas partes abunda la degeneración hoy en día. Nosotros debemos tratar de buscar el camino de la regeneración, debemos amar intensamente a la mujer, debemos ver en ella un poema milagroso de las «Mil y Una Noche», debemos escanciar el vino de la sabiduría, si es que queremos vivir rectamente.


Hasta aquí mi plática de esta noche. ¡He dicho!


Samael Aun Weor